quinta-feira, 27 de junho de 2013

Biografia: Padre Martinho Stein




Nasceu em 08-12-1912, na aldeia de “Schneppenbach” – Alemanha.
Faleceu em 11-03-1978, na cidade de Timbó.
Foi ordenado Sacerdote em 08-12-1943, em São Paulo.
Fundador e primeiro Pároco da cidade de Timbó – de 02-04-1963 até 11-02-1978.
Fez os estudos de 1o. e 2o. grau na sua terra natal, onde formou-se Técnico profissional na profissão de Torneiro-Mecânico.
Aos 20 anos de idade veio para o Brasil e ingressou na Sociedade do Verbo Divino, também chamado, Verbitas.



Com 31 anos foi ordenado Sacerdote e, em seguida, passou a Vigário da então Paróquia de Campo Mourão – Paraná, atualmente sede da Diocese de Campo Mourão.
Trabalhou, na qualidade de Vigário, em mais duas Paróquias no interior do Paraná; e, por volta de 1954-1955, assumiu, na qualidade de fundador, a Paróquia de Apiúna, município de Indaial, onde permaneceu até o dia 02 de abril de 1963, ocasião em que assumiu, também a qualidade de fundador, a Paróquia Santa Terezinha de Timbó.
Nada existia em termos de bens materiais, a não ser o terreno, para a nova missão que se propunha iniciar na cidade de Timbó.
Aqui fez um trabalho pioneiro; pois, até então, Timbó não tinha Padre Católico residente.
Na época, as 275 famílias católicas pertenciam, na sua grande maioria, à classe operária; mesmo assim, o Padre Martinho, que tinha uma vida absolutamente missionária, não teve preocupações consigo mesmo, ma, tão somente, com o rebanho de Cristo que a Providência Divina lhe entregara.
De imediato, a presença dele tornou-se conhecida como “Símbolo da Conquista de União e de Paz”.
A primeira pessoa a quem se preocupou em visitar, humildemente, foi o Pastor Nelso Weingaetner; passando a serem amigos íntimos e confidentes.
Estava conquistada a simpatia da Comunidade Evangélica de Timbó em torno da veneranda pessoa do Martinho Stein.
1966 – Padre Martinho Stein declarou a si próprio: “ vamos construir a Igreja Matriz!”
Lançou campanha e, paralelamente, escreveu cartas aos parentes e amigos na Alemanha, informando-os da decisão que acabara de tomar.
A Comunidade Católica, na sua “humildade econômica”, passou a lutar com interesse dobrado para dar ao projeto toda a participação possível.
Os Evangélicos, em homenagem ao já amigo Padre Martinho, não perderam uma oportunidade sequer em dar a sua contribuição.
Os amigos e parentes da Alemanha, por sua vez, não permitiram que o querido Padre Martinho passasse por dificuldades financeiras.
31 de dezembro de 1968 – às 16 horas, o Pe. Martinho, solenemente paramentado, adentrava sua nova Matriz Paroquial e rezava com o povo a 1ª Missa solene no templo, cujo modelo era inédito no Brasil.
A Santa Missa foi solenemente cantada; não era inauguração, mas era o clímax do trabalho e da fé, na sua parte material, que estava concluído.
A obra física da Paróquia Santa Terezinha estava concluída e a população, temerosa, perguntava-se: - em quanto será o débito a pagar?
No entanto, na homilia desta missa – que era de ação de graças por ser último dia do ano e pela conclusão do prédio  - Pe. Martinho disse: “ Vou agora ler a prestação de contas...”; e no final concluiu: “ temos apenas algumas continhas à pagar; os credos ainda não vieram receber pagamento, mas fiquem tranqüilos – meus queridos paroquianos – “ porque o dinheiro necessário para cuidar dos nosso compromissos restantes já está a nossa disposição, no Bradesco”. E no mesmo instante, a Igreja cheia de gente em pé – explodiu numa salva de palmas ao Pe. Martinho e, ele, com sua voz grave, entoou e cantou o “Tedeum Laudamus”.
Devemos lembrar aqui, que o Pe. Martinho não somente foi administrador, mas, também, durante todo o tempo da construção, fora do horário de suas urgentes obrigações sacerdotais, foi, de “macacão vestido”, um mestre de obras e ótimo construtor, além de outros conhecimentos técnicos no assunto, em virtude de sua formação obtida antes de ingressar na vida religiosa.
A população de Timbó, quando da chegada do Pe. Martinho, era formada por uma maioria pertencente à Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil; uma terça parte eram católicos e, uma minoria a outras igrejas.
A harmonia entre os credos não era das melhores, disto, o Pe. Martinho estava muito bem informado.
A primeira obra espiritual que se propôs fazer nela se empenhou  foi exatamente a retomada da harmonização cristã, sem contudo ferir ou desrespeitar o credo de cada um. Ele procurou saber o endereço de todas as famílias católicas e as visitou; para a maioria era uma visita inédita e, este, foi um passo de grande alcance na aproximação com seu rebanho e sua missão em Timbó. A obra que resultou numa agradável harmonia entre as igrejas, com participação mútua, Pe Martinho e Pastor Nelso, continua ainda hoje, para felicidade de todos nós.

O trabalho espiritual do Pe. Martinho, realizado em Timbó é quase impossível de relatar e, mesmo se o quiséssemos fazê-lo, seria matéria para um livro de milhares de páginas. No entanto é dada pelo povo, cotidianamente. 
(Fonte: Acervo Arquivo Público Prof. Gelindo S. Buzzi - Timbó - SC) 

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