Nasceu em 08-12-1912, na aldeia de “Schneppenbach” –
Alemanha.
Faleceu em 11-03-1978, na cidade de Timbó.
Foi ordenado Sacerdote em 08-12-1943, em São Paulo.
Fundador e primeiro Pároco da cidade de Timbó – de
02-04-1963 até 11-02-1978.
Fez os estudos de 1o. e 2o. grau na
sua terra natal, onde formou-se Técnico profissional na profissão de
Torneiro-Mecânico.
Aos 20 anos de idade veio para o Brasil e ingressou na
Sociedade do Verbo Divino, também chamado, Verbitas.
Com 31 anos foi ordenado Sacerdote e, em seguida, passou a Vigário da então Paróquia de Campo Mourão – Paraná, atualmente sede da Diocese de Campo Mourão.
Trabalhou, na qualidade de Vigário, em mais duas Paróquias
no interior do Paraná; e, por volta de 1954-1955, assumiu, na qualidade de
fundador, a Paróquia de Apiúna, município de Indaial, onde permaneceu até o dia
02 de abril de 1963, ocasião em que assumiu, também a qualidade de fundador, a
Paróquia Santa Terezinha de Timbó.
Nada existia em termos de bens materiais, a não ser o
terreno, para a nova missão que se propunha iniciar na cidade de Timbó.
Aqui fez um trabalho pioneiro; pois, até então, Timbó não
tinha Padre Católico residente.
Na época, as 275 famílias católicas pertenciam, na sua
grande maioria, à classe operária; mesmo assim, o Padre Martinho, que tinha uma
vida absolutamente missionária, não teve preocupações consigo mesmo, ma, tão
somente, com o rebanho de Cristo que a Providência Divina lhe entregara.
De imediato, a presença dele tornou-se conhecida como
“Símbolo da Conquista de União e de Paz”.
A primeira pessoa a quem se preocupou em visitar,
humildemente, foi o Pastor Nelso Weingaetner; passando a serem amigos íntimos e
confidentes.
Estava conquistada a simpatia da Comunidade Evangélica de
Timbó em torno da veneranda pessoa do Martinho Stein.
1966 – Padre Martinho Stein declarou a si próprio: “ vamos
construir a Igreja Matriz!”
Lançou campanha e, paralelamente, escreveu cartas aos
parentes e amigos na Alemanha, informando-os da decisão que acabara de tomar.
A Comunidade Católica, na sua “humildade econômica”, passou
a lutar com interesse dobrado para dar ao projeto toda a participação possível.
Os Evangélicos, em homenagem ao já amigo Padre Martinho, não
perderam uma oportunidade sequer em dar a sua contribuição.
Os amigos e parentes da Alemanha, por sua vez, não
permitiram que o querido Padre Martinho passasse por dificuldades financeiras.
31 de dezembro de 1968 – às 16 horas, o Pe. Martinho,
solenemente paramentado, adentrava sua nova Matriz Paroquial e rezava com o
povo a 1ª Missa solene no templo, cujo modelo era inédito no Brasil.
A Santa Missa foi solenemente cantada; não era inauguração,
mas era o clímax do trabalho e da fé, na sua parte material, que estava
concluído.
A obra física da Paróquia Santa Terezinha estava concluída e
a população, temerosa, perguntava-se: - em quanto será o débito a pagar?
No entanto, na homilia desta missa – que era de ação de
graças por ser último dia do ano e pela conclusão do prédio - Pe. Martinho disse: “ Vou agora ler a
prestação de contas...”; e no final concluiu: “ temos apenas algumas continhas
à pagar; os credos ainda não vieram receber pagamento, mas fiquem tranqüilos –
meus queridos paroquianos – “ porque o dinheiro necessário para cuidar dos
nosso compromissos restantes já está a nossa disposição, no Bradesco”. E no
mesmo instante, a Igreja cheia de gente em pé – explodiu numa salva de palmas
ao Pe. Martinho e, ele, com sua voz grave, entoou e cantou o “Tedeum Laudamus”.
Devemos lembrar aqui, que o Pe. Martinho não somente foi
administrador, mas, também, durante todo o tempo da construção, fora do horário
de suas urgentes obrigações sacerdotais, foi, de “macacão vestido”, um mestre
de obras e ótimo construtor, além de outros conhecimentos técnicos no assunto,
em virtude de sua formação obtida antes de ingressar na vida religiosa.
A população de Timbó, quando da chegada do Pe. Martinho, era
formada por uma maioria pertencente à Igreja Evangélica de Confissão Luterana
no Brasil; uma terça parte eram católicos e, uma minoria a outras igrejas.
A harmonia entre os credos não era das melhores, disto, o
Pe. Martinho estava muito bem informado.
A primeira obra espiritual que se propôs fazer nela se
empenhou foi exatamente a retomada da
harmonização cristã, sem contudo ferir ou desrespeitar o credo de cada um. Ele
procurou saber o endereço de todas as famílias católicas e as visitou; para a
maioria era uma visita inédita e, este, foi um passo de grande alcance na
aproximação com seu rebanho e sua missão em Timbó. A obra que resultou numa
agradável harmonia entre as igrejas, com participação mútua, Pe Martinho e
Pastor Nelso, continua ainda hoje, para felicidade de todos nós.
O trabalho espiritual do Pe. Martinho, realizado em Timbó é
quase impossível de relatar e, mesmo se o quiséssemos fazê-lo, seria matéria
para um livro de milhares de páginas. No entanto é dada pelo povo,
cotidianamente.
(Fonte: Acervo Arquivo Público Prof. Gelindo S. Buzzi - Timbó - SC)
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